[ARTIGO] Tecla SAP: marcas do setor de tecnologia precisam hablar a língua del cidadão (de bem e de boa)

20-09-2023 by Thiago Cesar Silva
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Tecnologia para todos. Este não pretende ser mais um daqueles artigos que começam com a afirmação de que a tecnologia está transformando a forma como as pessoas se relacionam – entre si e com as próprias máquinas. E também não pretende comentar que, desde a última década, em especial, as discussões sobre política, costumes, hábitos, futebol e religião têm sido pautadas por bolhas e algoritmos com impactos importantes na sociedade. Se recursos inovadores, como o uso da Inteligência Artificial (para citar um exemplo em evidência), estão cada vez mais presentes nas interações humanas, algo que a indústria de tecnologia precisa endereçar é que existe uma parcela considerável do público consumidor que não faz ideia de como se beneficiar de todo este arsenal tecnológico.

 

Novos modelos de TVs, monitores e até eletrodomésticos, como geladeiras e máquinas de lavar, já saem de fábrica com uma variedade antes inimaginável de funções que facilitam o dia a dia e ajudam os usuários a economizar tempo e custos. A questão é: o consumidor está pronto para acessar e incorporar todos os recursos tecnológicos em sua vida? Será que dentro das incontáveis possibilidades de inclusão este não é também o momento de as marcas estimularem a inclusão tecnológica, a fim de que os bits and bytes com suas features sejam traduzidos em respostas acessíveis, claras e totalmente correlatas às dores mais básicas e genuínas do consumidor?

 

A pessoa entra numa loja decidida a escolher uma nova tela para sua casa. O vendedor da loja a aborda com um menu recheado de termos de última geração (em sua grande parte em inglês) e outros ainda siglas desafiadoras para o consumidor. Embora tenha chegado a uma equação de marca, custo e possivelmente tamanho de tela, ela certamente sairá da loja com algum resquício de dúvida se, de fato, fez a melhor escolha.

 

Uma vez que bits and bytes não são suficientemente capazes de provocar desejo e que na maioria dos casos podem, inclusive, gerar o efeito contrário, levando a pessoa à sensação de “este produto não é para mim” por ser “muito complicado”, surge a oportunidade (e talvez o dever) das marcas promoverem a inclusão tecnológica a partir de suas campanhas de marketing – e não parando por aí. As empresas podem assumir o papel de tradutoras, correlacionando suas soluções tecnológicas às necessidades cotidianas da vida prática, estimulando os consumidores a utilizarem mais do que 10% dos recursos disponíveis em seus produtos.

 

Para isso, as áreas de marketing de empresas de tecnologia precisam abraçar com carinho os departamentos de produtos e engenharia. E quando tratamos de tecnologia, esse processo envolve identificar as principais preocupações e “dores” do nosso querido cidadão consumidor. A busca pela simplificação da linguagem técnica, tradicionalmente cercada por jargões e termos complexos, é onde a comunicação se mostra ainda mais necessária: e aqui a eficácia passa por fazer as pessoas sentirem o benefício dos produtos em si, muitas vezes invisível, mas capaz de otimizar tempo e produzir economia no bolso. Experiências tangíveis e visuais, como ativações do produto no ponto de venda ou mesmo transmissões ao vivo, ajudam os usuários a visualizar os efeitos práticos dos novos recursos, além de despertar interesse em adquirir um produto mais moderno e inovador.

 

Outra forma de inspirar pessoas a conhecerem e adotarem novas tecnologias se dá pelo apelo de especialistas e formadores de opinião. O papel dos influenciadores digitais também é fundamental na comunicação da tecnologia, que se dá por meio de parcerias estratégicas com quem possui algum grau de conhecimento técnico e, claro, uma base de seguidores qualificada – o que não significa volume, necessariamente. Além disso, as avaliações em sites, revistas, jornais e outras publicações especializadas também são importantes para fornecer informações imparciais e confiáveis, o que auxilia a pessoa na tomada de decisão.

 

Com uma abordagem estratégica bem planejada e executada, a tecnologia tem potencial para se tornar cada vez mais humana, acessível e atrativa para todos os públicos.

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by Thiago Cesar Silva

Diretor de Marketing para a divisão de Consumer Electronics na Samsung Brasil

Corporativo > Pessoas e Cultura

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