[Entrevista]: “A Samsung desenvolve produtos que atendem a todos e em qualquer lugar”, diz Eduardo Conejo, Gerente Sênior de Inovação na área de P&D da Samsung Brasil
Em entrevista exclusiva, o executivo compartilha sua opinião sobre o cenário do mercado de tecnologia, incluindo as aplicações de Inteligência Artificial e do metaverso
Há quase dez anos na Samsung, o Gerente Sênior de Inovação na área de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia no Brasil, Eduardo Conejo, compartilha um pouco de sua experiência diária na empresa. Nesta entrevista, ele também conta sobre suas observações com relação às tendências do mercado de tecnologia e inovação e pontua as principais características da Samsung que o atraem, tanto como profissional, quanto como consumidor. Continue a leitura para conhecer mais sobre o perfil de Eduardo Conejo e seu dia a dia de trabalho na Samsung Brasil.
Newsroom: Fale um pouco sobre sua carreira. Como chegou à sua área de atuação? Você sempre foi apaixonado por inovação?
Eduardo: Eu me formei em engenharia mecânica no ano de 1988. Fiz mestrado em seguida e confesso que, naquela época, me imaginava como professor. Até meus orientadores achavam isso. Eu sempre gostei muito do ambiente universitário, mas acredito que não tenho o perfil de pesquisador e acadêmico. Sou mais ligado às áreas de negócios. Ainda no mestrado comecei a trabalhar em desenvolvimento de software, frente na qual atuei por bastante tempo, até mesmo no formato de consultoria. Desde então, tive experiências de trabalho em empresas nacionais e multinacionais. Em uma empresa Holandesa, por exemplo, atuei com inspeção veicular automatizada para carros. Também trabalhei na frente de fibra ótica e celulares Android no mercado brasileiro, até que vim para a Samsung, há quase dez anos.
Newsroom: Para você, como é trabalhar em uma empresa de tecnologia e, mais especificamente, na Samsung, que é tão reconhecida por produtos e serviços atrelados à inovação?
Eduardo: É o meu mundo! É o lugar onde eu mais tive contato com produtos inovadores em grande volume e em uma escala mundial mais abrangente. Já fiz parte de outras empresas com foco em produtos específicos, mas na Samsung existe uma atuação focada em todo o portfólio, de tablets, smartphones, TVs, a geladeiras e aspiradores. É o paraíso! Eu sou apaixonado por tecnologia, então essa é a minha praia.
Newsroom: Fale um pouco sobre sua rotina de trabalho.
Eduardo: Eu faço parte do time Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Samsung e fico alocado em Campinas. Estou no escritório todos os dias com a equipe local, mas também temos um time de Open Innovation em Manaus. No dia a dia, além de trabalhar em oportunidades de novos projetos, atuo no que é uma evolução natural do programa Samsung Ocean. Essa é uma iniciativa de grande o sucesso, que nos acarretou um envolvimento maior em outros projetos de educação. Com isso, veio também a oportunidade de desenvolver grandes projetos em parceria com as universidades da região da Amazônia.
Existe uma necessidade de acompanhar de perto a execução das iniciativas já existentes, pois contam com grande investimento. Isso acontece também com o Samsung Ocean, mesmo se tratando de um programa mais “autônomo”. De forma resumida, estamos sempre criando conteúdos para garantir que as tendências de tecnologia e da própria Samsung sejam atendidas, além de ajudar na elaboração e desenho de novos projetos. Particularmente, minha atuação tem sido bastante focada em educação nos últimos anos.
Newsroom: Na sua opinião, quais são os pontos de maior importância da área de inovação dentro da Samsung, considerando que este é um pilar de forte atenção para a empresa?
Eduardo: A inovação é a base da evolução. É preciso fazer algo novo e diferente para seguir um passo à frente e evoluir. A Samsung é o próprio sinônimo de inovação. Isso é aplicado nos produtos e na forma de abordar as soluções, não só quando vemos o produto pronto, mas internamente e nas soluções que são adotadas. Eu fiquei muito impactado com os smartphones dobráveis, por exemplo. Eles têm uma engenharia altamente inovadora, principalmente na mecânica do produto. É uma solução que está totalmente atrelada aos objetivos da empresa, que está sempre à frente, criando tendências e puxando o mercado para novos desafios. É um movimento muito legal de acompanhar!
E na área do Open Innovation, na qual tenho atuado mais de perto, é possível observar como funciona a interface entre os times técnicos e as áreas de negócios, e até mesmo com os parceiros externos, como universidades, startups e empresas. Quando buscamos desenvolver novas soluções, levamos em conta o olhar apurado de um consumidor comum, mas também consideramos a aplicação dos nossos produtos para alcançar os objetivos de outros negócios e parceiros.
Newsroom: Há quase dez anos na Samsung, qual você considera ter sido o momento mais marcante da sua jornada na empresa até agora?
Eduardo: Todos os dias são marcantes ao seu modo, mas certamente me marcou muito quando estive à frente da construção do primeiro Samsung Ocean, mais precisamente na inauguração. Não é só pelo evento, mas pelo resultado que alcançamos logo em seguida. Em alguns meses, nós superamos o volume de pessoas beneficiadas. Foi quando entendemos que havia um propósito muito grande para todos os envolvidos. Ali nascia um programa de muito valor. Isso foi o que mais me marcou, apesar de não ter sido um dia pontual. Foi todo um período que representou o nosso processo de entendimento sobre a importância do que construímos.
Quando me juntei ao time, em 2013, o objetivo principal era atuar como ponte entre os times de Pesquisa e Desenvolvimento e a área de negócios, que na época era bem focada na construção de aplicativos e conteúdo para smartphones. A ideia era desenvolver as relações internas e externas com parceiros, por meio de produtos de software e serviços para equipamentos específicos, como tablets e smartphones, tornando-os cada vez mais atraentes. Esse era meu papel naquela época e a criação do Ocean fez parte dessa estratégia, justamente para trazer conhecimento a estudantes e desenvolvedores sobre a criação de novas soluções de software, visando a oferta de mais conteúdos direcionados.
Newsroom: Fale um pouco sobre o Samsung Ocean. Qual é a importância dessa e das demais iniciativas em inovação da Samsung para a sociedade?
Eduardo: O Samsung Ocean é um projeto criado no Brasil há mais de oito anos. Trata-se de um Centro de Treinamento e Capacitação que disponibiliza conteúdo gratuito para qualquer pessoa interessada nas áreas de conhecimento da tecnologia, como software e, na maioria dos casos, equipamentos móveis, como tablets, smartphones e smartwatches.
Com essa iniciativa, nós buscamos ensinar o que é realmente útil e aplicável no dia a dia de quem deseja trabalhar nessas áreas. Não é um curso com conceito acadêmico e a parte mais formal do conhecimento. Nosso objetivo com o Samsung Ocean é focar no conteúdo prático. Por isso temos vários laboratórios para instruir, aplicar o conhecimento mínimo expositivo e, principalmente, dar a oportunidade de prática e exercício do que foi aprendido. É o conceito de “Learning By Doing” em que, quanto mais se faz, mais se aprende.
Com o tempo, surgiu a oportunidade de estar presente em cada vez mais lugares, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual do Amazonas (UEA). Mais recentemente também chegamos à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Com essa expansão, alcançamos novos públicos e, com a pandemia, expandimos nossa atuação para o digital, que se mostrou uma ferramenta promissora. Por isso, embora não tenhamos mais as restrições da pandemia, mantivemos a oferta de produtos remota e presencial, pois atendem a públicos distintos e de grande volume.
Newsroom: Em termos de inovação, quais são os principais desafios e oportunidades do mercado de tecnologia atualmente?
Eduardo: A Inteligência Artificial (IA) com certeza é a grande tendência do momento. A inovação surge a cada segundo e, com o passar dos anos, as soluções de IA tem sido usada em grande escala. É uma grande tendência, mas também há outras áreas que prometem bastante. Acredito que o metaverso, por exemplo, seja uma grande incógnita. Tem sido visto como um mundo de oportunidades, com muita coisa a ser explorada, mas ainda em processo de construção. Sua abrangência ainda não está clara em bases tecnológicas e de negócios. Com tudo isso, acredito que os próximos capítulos da relação entre a humanidade e suas tecnologias inovadoras serão bem interessantes.
Newsroom: Qual é a parte mais prazerosa e a mais desafiadora do seu trabalho? Por quê?
Eduardo: A mais prazerosa é ter contato com as pessoas e discutir ideias consideradas fora do comum. Essas experiências me mantêm mais jovem do que sou. Minha posição também me dá a possiblidade de conversar com estudantes, professores, reitores, engenheiros de empresas e, é claro, com nosso time interno. Isso é muito prazeroso para mim, me faz muito bem.
E como nada é de graça, a parte mais desafiadora é garantir que os recursos, financeiros e de tempo do time gerem resultados práticos. Nós investimos bastante em projetos e temos a consciência de aplicar esses recursos para maximizar nossos resultados. Diferente do que se pensa, nem sempre as ideias inovadoras trazem resultados positivos. Mas é muito valioso acompanhar o processo de desenvolvimento desses projetos, é algo que traz muito conhecimento apesar de, às vezes, os resultados não serem exatamente como imaginado. Esse é também um componente de risco em toda inovação.
Newsroom: Quais características da Samsung mais te atraem como profissional e como consumidor?
Eduardo: Inovação é a resposta óbvia. Mas também tem a presença em escala global, que faz a empresa ter um conhecimento bastante abrangente sobre o que é a humanidade. Cada região do mundo tem pessoas com comportamentos e culturas diferentes, e a Samsung desenvolve produtos que atendem a todos e em qualquer lugar. Para chegar a isso, é necessário muito conhecimento sobre os hábitos e a jornada diária desses consumidores. Estar em uma empresa com essa capacidade e potencial é algo muito valioso.
Newsroom: Quem é Eduardo Conejo fora da Samsung? Quais são os seus hobbies, gostos e preferências?
Eduardo: Sou um “senhor” de quase 60 anos, nascido e formado em Campinas, onde trabalhei e trabalho até hoje. Sou casado e tenho uma filha de oito anos, a Sofia. Sou uma pessoa caseira e curto bastante a minha casa e meus cachorros. Faço coisas bem normais quando estou em casa, e vez ou outra dou uma escapada de moto. É uma coisa de que gosto bastante. Também gosto de apreciar um bom vinho e, no geral, quando estou em casa, sou um cara bem comum e tecnológico.
A Samsung Newsroom Entrevista é uma seção de entrevistas com líderes, executivos e executivas que atuam dentro da Samsung, com o objetivo de apresentá-los e aproximá-los dos consumidores, além de dar espaço para que opinem sobre assuntos relacionados ao mercado tecnológico, carreira e até mesmo suas vidas pessoais. Clique aqui e acesse todas as entrevistas já publicadas.
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