[Entrevista] Como as TVs Samsung e o RNIB estão estabelecendo um novo padrão para uma tecnologia acessível

Robin Spinks, Head de Design Inclusivo do Royal National Institute of Blind People (RNIB), dedicou sua carreira à criação de um ambiente inclusivo. Nessa função, ele não apenas representa os dois milhões de cegos ou pessoas com visão reduzida no Reino Unido, mas também defende o desenvolvimento de uma tecnologia inclusiva em todo o mundo.

Existem muitas nuances em torno da inclusão tecnológica, desde equívocos generalizados sobre deficiências até as necessidades únicas de cada indivíduo. Por meio da parceria entre a Samsung e o RNIB, Robin divide sua perspectiva e experiência para ajudar as duas organizações a navegar por essas complexidades com o objetivo final de criar “Telas para Todos.”

A Samsung Newsroom conversou com Robin para esclarecer como é a tecnologia inclusiva de hoje, discutir seu trabalho com a Samsung e entender sua perspectiva sobre o que o futuro reserva no mundo da acessibilidade.

▲ Robin Spinks, Head de Design Inclusivo do Royal National Institute of Blind People

Robin Spinks é Head de Design Inclusivo no Royal National Institute of Blind People, liderando esforços em serviços digitais globais e acessibilidade de produtos. Antes de ingressar no RNIB, Robin passou cinco anos na África trabalhando em colaboração com ONGs, governos estrangeiros e uma empresa líder em tecnologia assistida no Reino Unido para criar uma solução de leitura e ampliação de tela acessível sob medida para ambientes de poucos recursos. No instituto há quase 15 anos, ele continua a defender a tecnologia inclusiva.

Avaliação da necessidade de tecnologia acessível

Spinks e sua equipe trabalham para melhorar o design e a usabilidade de produtos e serviços para garantir que sejam acessíveis a todos os indivíduos, reforçando o compromisso da organização em melhorar a usabilidade e a acessibilidade em todos os aspectos da vida cotidiana.

▲ Robin Spinks, Head de Design Inclusivo do RNIB (à direita) fala com Richard Moreton, Samsung (à esquerda)

Defender a acessibilidade em um portfólio tão diversificado de produtos e serviços apresenta dificuldades únicas, apontou Spinks. “Algumas pessoas se beneficiarão com a ampliação, portanto, habilitar uma funcionalidade de zoom em uma parte da tela, por exemplo, ajudará a otimizar sua experiência de visualização. Alguns podem precisar de ajuda com a detecção de bordas ou torná-las mais perceptíveis para que possam acompanhar a ação na tela”, diz Spinks.

A tecnologia de hoje está mais integrada ao nosso dia a dia do que nunca e há inúmeras possibilidades de inovar em torno da experiência do usuário. A Samsung e o RNIB embarcaram juntos nessa parceria para moldar o futuro da visualização acessível, criando recursos exclusivos poderosos e acessíveis que irão inovar a experiência de visualização para todos.

▲ “Trabalhamos em tudo, desde chuveiros a caixas eletrônicos, smart TVs a smartwatches, telefones celulares a aplicativos, serviços digitais, eLearning e muito mais”, disse Spinks

O poder da parceria: a missão conjunta da Samsung e do RNIB para uma melhor acessibilidade

As televisões tradicionais podem apresentar desafios para pessoas com deficiência visual. A Samsung e o RNIB, no entanto, trabalharam em parceria para resolver isso por quase uma década, aproveitando o poder da tecnologia para criar uma experiência de visualização mais inclusiva.

O RNIB está fortemente envolvido em testar os recursos de acessibilidade do usuário, aproveitando as percepções da comunidade e os pontos problemáticos para impulsionar a inovação. Combinado com a proeza tecnológica e a liderança da Samsung na indústria da televisão, as Smart TVs e telas da marca continuam a incorporar melhorias inovadoras em seus recursos e funções de acessibilidade.

Desta parceria nasceram alguns recursos populares como o modo Relumino¹. Ele foi projetado para ajudar a melhorar a experiência de visualização para aqueles com baixa visão, possibilitando que mais pessoas tenham engajamento e aproveitem seu conteúdo favorito. Ao aprimorar partes específicas dos vídeos — como realçar contornos e melhorar contraste, cor e nitidez — fica mais fácil discernir o conteúdo na tela e acompanhar todas as ações. Esse importante recurso foi projetado para ser poderoso e possível de personalizar, para que funcione como uma solução para todos.

Os esforços de colaboração entre a Samsung e o RNIB estão revelando um impacto real e, entre as muitas empresas com as quais o instituto trabalha, destaca-se a parceria com a Samsung, de acordo com Spinks. “A Samsung está liderando quando se trata de televisão acessível, não apenas aqui no Reino Unido, mas em todo o mundo”, disse ele. “Tem sido uma coisa brilhante fazer parte dessa história e continuar a vê-la desenvolver-se e evoluir profissional e pessoalmente. Tem sido genuinamente gratificante fazer parte de algo tão poderoso.”

▲ Robin Spinks explora o modo Relumino em uma TV Neo QLED

Por meio da parceria, as Smart TVs da Samsung ganharam a Certificação “Tried and Tested” do RNIB, que é concedida a produtos com base em sua adequação para pessoas cegas ou com baixa visão. Essa certificação não apenas ajuda a orientar as decisões de compra do consumidor, mas também responsabiliza os fabricantes por projetar produtos com todos os usuários em mente.

▲ O modo Relumino da Samsung oferece personalização de intensidade apropriada para várias condições de visualização

Um olhar pelo futuro da tecnologia acessível

O inovador modo Relumino da Samsung está transformando o entretenimento doméstico, tornando-o mais inclusivo e acessível para todos. E na experiência de Spinks, a recepção ao modo foi positiva. Então, por que não expandir seu alcance?

Spinks destacou que há 2 milhões de pessoas no Reino Unido hoje com perda significativa de visão e, até 2050, esse número deve dobrar para 4 milhões – um número considerável de pessoas que se beneficiariam com o aumento da tecnologia acessível. “Pense em todos os dispositivos que possuem uma interface ou tela digital. Acho que seria interessante olhar para esses outros dispositivos e aplicativos, onde esse recurso poderia ser útil.”

Spinks sugeriu que esse tipo de tecnologia deveria ser expandido para uma gama de produtos que os consumidores encontram diariamente. Usar quiosques públicos para pedir comida, comprar uma passagem de trem, assinar digitalmente no consultório médico e tudo mais deve ser uma experiência igualitária e acessível para todos. “Nossa busca realmente é alcançar uma cultura onde não haja barreiras para pessoas com deficiência visual quando acessam o mundo digital”, disse ele.

▲ A tecnologia do modo Relumino, da Samsung, destaca o contorno enquanto melhora o contraste e a cor para maior clareza

À medida que olhamos para o futuro da tecnologia acessível, ele prevê uma “combinação dinâmica de maior tecnologia integrada” e mais apoio especializado para casos de uso específicos. Ele vê a necessidade de que a acessibilidade cresça junto com os sistemas operacionais.

Quando questionado sobre que conselho daria a empresas ou designers que buscam desenvolver recursos de acessibilidade, ele disse: “Acima de tudo, converse com os usuários e ouça suas histórias. Ouça ativamente e entenda as barreiras que eles estão enfrentando e, se puder, use um pouco de simulação que permita aprender e entender isso.” Ele continuou dizendo: “Uma das melhores coisas sobre investir em acessibilidade é que todos se beneficiam dos frutos de seu trabalho”.

▲ “Não se trata apenas de fornecer soluções. Torne os recursos de acessibilidade interessantes”, disse Spinks.

No centro de tudo está uma ótima experiência do usuário para todos. “Esse é o elemento crítico e, em última análise, é por isso que será julgado – como é fácil e agradável de usar”, acrescenta Spinks. “Trata-se de criar e criar em conjunto experiências inteligentes que as pessoas não apenas acham fáceis de usar, mas querem voltar e usar várias vezes porque gostam.”

Spinks observou que designers, fabricantes e engenheiros devem adotar uma atitude inovadora para melhorar a experiência do usuário, oferecendo um roteiro para o futuro da tecnologia inclusiva. “As pessoas falam sobre progresso tecnológico, mas, do nosso ponto de vista, só é progresso se for equitativo”, disse ele. “Se a tecnologia é inerentemente visual, isso é exclusivo e as pessoas com deficiência acham mais difícil participar para aproveitar essas tecnologias.”

A Samsung e o RNIB entendem isso, especialmente quando se trata de televisores, pois os recursos de acessibilidade são projetados para criar experiências mais equitativas e agradáveis para todos. “O que é especialmente impressionante sobre o modo Relumino é que ele não perturba visualmente a imagem a ponto de pessoas sem deficiência visual não gostarem de assistir”, disse Spinks. “Posso me sentar com minha família e, pela primeira vez, realmente gostar de assistir à TV juntos.”

A jornada em direção a um cenário tecnológico completamente acessível está longe de terminar, mas com os esforços combinados de defensores comprometidos como Robin Spinks e inovadores como a Samsung, o progresso será feito. A Samsung e o RNIB compartilham a perspectiva de que os avanços na tecnologia acessível destacam a verdade essencial: a tecnologia deveria e deve ser para todos.

Para saber mais sobre a tecnologia acessível da Samsung, visite https://www.samsung.com/.

Para mais informações sobre o Royal National Institute of Blind People, visite https://www.rnib.org.uk/.

¹ O modo Relumino visa aqueles que sofrem de perda severa da acuidade visual (Fonte: OMS, Relatório mundial sobre visão, 2019) e sintomas de visão embaçada. Este recurso não se destina ao uso no diagnóstico de doenças ou outras condições, ou na cura, mitigação, tratamento ou prevenção de qualquer doença ou problema médico. Qualquer informação encontrada, adquirida ou acessada por meio desse recurso é disponibilizada para sua conveniência e não deve ser tratada como orientação médica.

Alguns recursos podem ser habilitados em um momento diferente e a disponibilidade do serviço pode não estar disponível no momento da compra deste produto. O modo Relumino é aplicado aos modelos de TV QN80C, QN90C, QN800C, QN900C e funciona apenas em fontes fornecidas por DTV e HDMI. O modo não funciona em outras fontes, OTTs, etc. Modo não disponível nos modelos comercializados no Brasil.